quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Alimentação mental e a lei das 10.000 horas


Estamos passando por um momento em nossa história onde muitos se preocupam com o que comem, mas não se preocupam com sua alimentação mental. Querem o sucesso dos filhos, mas oferecem uma educação, tanto familiar quanto escolar, que chega ao caótico. O que você quer para o seu filho?

Precisamos nos ater a alguns estudos que são de extrema importância para a formação humana, mas que têm os seus resultados negligenciados pelas autoridades (políticas e profissionais). Um desses estudos aponta que, para que uma pessoa tenha excelência no que faz, precisa de dez mil horas de prática. Bill Gates tinha essa experiência quando abriu a Microsoft. Foi aproveitando e criando oportunidades, enquanto jovem, para se dedicar à arte da programação. Os Beatles tinham essa carga de trabalho musical quando chegaram aos EUA e seu sucesso se espalhou pelo mundo. Antes, dentre outras coisas, tocavam por semanas seguidas, todas as noites, na Alemanha, o que lhes conferiu tamanha expertise na arte da música.

Nos EUA, foi realizada uma pesquisa em escolas de violino, analisando-se o processo de formação e dedicação das pessoas quando essas tinham por volta dos 20 anos. Essas pessoas foram divididas em três grupos: havia alunos com potencial de carreira para solista de nível internacional, havia os bons violinistas, e havia aqueles que teriam condições de se tornarem professores de violino.

Na primeira análise, percebeu-se que aos 5 anos todos eles dedicavam-se de 2 a 3 horas semanais aos estudos. Aqueles com potencial para carreira internacional, aos 9 anos, dedicavam, em média, 6 horas semanais; aos 12 anos, 8 horas; aos 14, chegavam a 16 horas semanais de dedicação; aos 20 anos, dedicavam-se mais de 30 horas por semana à arte que escolheram. Somando-se os tempos de dedicação, este grupo continha mais de 10.000 horas de trabalho com o violino. O segundo grupo, dos bons violinistas, chegava a 8.000 horas. Os professores, a 4.000 horas (que sacanagem conosco, os professores, pois vem reforçar o coro daqueles que dizem que, quando uma pessoa conhece bem algo, mas não sabe a prática, vira professor; isso é mentira, pode acreditar).

Além dessa, foram feitas pesquisas semelhantes com compositores, jogadores de basquete, escritores de ficção, esquiadores, pianistas, jogadores de xadrez e até, pasmem, mestres do crime. É, meus amigos, até para ser criminoso é preciso de larga experiência. O grupo Língua de Trapo já cantava, lá nos primórdios da década de 1980, uma canção intitulada O que é isso companheiro, que mostrava bem essa situação: ‘Nóis pranejemo de premero um assarto / com mãos ao arto, todo mundo pro banheiro / Nóis ria de pensar na cara do gerente / Oiano a gente conferino o dinheiro / Mas o tar banco acabô saino ileso / E fumo preso jurano ser inocente / Nóis num sabia que furtá di madrugada / Era mancada pois não tem expediente‘. O fato é que todos os resultados apontam para 10.000 horas de dedicação para se chegar à excelência em qualquer área em que queiramos atuar.

Esses resultados nos remetem a um questionamento: e o talento inato, existe? A discussão neste campo é grande, mas existe, sim. O que não existe é competência inata. Aliás, Joseph Pulitzer já dizia: “O único cargo que, a meu ver, um homem em nosso mundo pode desempenhar com êxito pelo simples fato de ter nascido é o de idiota”. Para o resto é preciso estudar, se dedicar, praticar (com ou sem talento).

O fato é que muitas crianças, hoje, têm passado grande parte de seu tempo jogando videogame de guerra, vendo filmes de terror. É com isto que elas têm alimentado as suas mentes. É nisso que estão criando expertise. Assim, quando crescerem, as 10.000 horas de experiência serão para táticas de guerra, estratégias de emboscada e ações de terrorismo. E tem gente que acha que isso está certo. Respeito, desde que esta pessoa não pregue (e, principalmente, não queira) um mundo de paz. As nossas ações, nossas decisões, estão diretamente ligadas àquilo que pensamos, que acreditamos. E isso se forma através daquilo que alimenta a nossa mente. Você (ou seu filho) tem usado o tempo para ganhar experiência em quê?

Claudinet Antônio Coltri Júnior é palestrante; consultor organizacional; coordenador dos cursos de gestão da Educação Tecnológica do UNIVAG e escreve em A Gazeta às quintas-feiras. Web-site: www.coltri.com.br - E-mail: junior@coltri.com.br
Claudinet Antônio Coltri Júnior

terça-feira, 10 de maio de 2011

Odeio prepotência


O texto a seguir foi publicado na quinta-feira no Facebook de Paloma Jorge Amado e reproduzido no blog de Cláudia Wasilewski:

“Era 1998, estávamos em Paris, papai já bem doente participara da Feira do Livro de Paris e recebera o doutoramento na Sorbonne, o que o deixou muito feliz. De repente, uma imensa crise de saúde se abateu sobre ele, foram muitas noites sem dormir, só mamãe e eu com ele. Uma pequena melhora e fomos tomar o avião da Varig (que saudades) para Salvador.

“Mamãe juntou tudo que mais gostavam no apartamento onde não mais voltaria e colocou em malas. Empurrando a cadeira de rodas de papai, ela o levou para uma sala reservada. E eu, com dois carrinhos, somando mais de 10 malas, entrava na fila da primeira classe. Em seguida chegou um casal que eu logo reconheci, era um politico do Sul (não lembro se na época era senador ou governador, já foi tantas vezes os dois, que fica difícil lembrar). A mulher parecia uma arvore de Natal, cheia de saltos, cordões de ouros e berloques (Calá, com sua graça, diria: o jegue da festa do Bonfim). É claro que eu estava de jeans e tênis, absolutamente exausta. De repente, a senhora bate no meu ombro e diz: ‘Moça, esta fila é da primeira classe, a de turistas é aquela ao fundo.’ Me armei de paciência e respondi: ‘Sim, senhora, eu sei.’ Queria ter dito que eu pagara minha passagem enquanto a dela o povo pagara, mas não disse. Ficou por isso. De repente, o senhor disse à mulher, bem alto para que eu escutasse: ‘Até parece que vai de mudança, como os retirantes nordestinos.’ Eu só sorri. Terminei o check in e fui encontrar meus pais.

“Pouco depois bateram à porta, era o casal querendo cumprimentar o escritor. Não mandei a p[...], apesar de desejar fazê-lo, educadamente disse não. Hoje, quando vi na TV o Senador dizendo que foi agredido por um repórter, por isso tomou seu gravador, apagou seu chip, eteceteraetal, fiquei muito retada, me deu uma crise de mariasampaísmo e resolvi contar este triste episódio pelo qual passei. Só eu e o gerente da Varig fomos testemunhas desse episódio, meus pais nunca souberam de nada…”

(Paloma Jorge Amado é psicóloga, republicado por Augusto Nunes no site da Veja)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Como Lidar Com Stress


Este artigo circula na Internet desde 2001, de autor desconhecido, e eu suspeito que é traduzido do Chinês. Mas vale a pena ler.


Em uma conferência, ao explicar para a plateia a forma de controlar o estresse, o palestrante levantou um copo com água e perguntou:

-"Qual o peso deste copo d'água? "

As respostas variaram de 250g a 700g.

O palestrante, então, disse:

- "O peso real não importa. Isso depende de por quanto tempo você segurar o copo levantado."


"Se o copo for mantido levantado durante um minuto, isso não é um problema.

Se eu o mantenho levantado por uma hora, vou acabar com dor no braço.

Mas se eu ficar segurando um dia inteiro, provavelmente eu vou ter cãibras dolorosas e vocês terão de chamar uma ambulância."

- "E isso acontece também com o estresse e a forma como controlamos o estresse.

Se você carrega a sua carga por longos períodos, ou o tempo todo, cedo ou tarde a carga vai começar a ficar incrivelmente pesada e, finalmente, você não será mais capaz de carregá-la."

"Para que o copo de água não fique pesado, você precisa colocá-lo sobre alguma coisa de vez em quando e descansar antes de pegá-lo novamente.

Com nossa carga acontece o mesmo.

Quando estamos refrescados e descansados nós podemos novamente transportar nossa carga."

Em seguida, ele distribuiu um folheto contendo algumas formas de administrar as cargas da vida, que eram:

1 * Aceite que há dias em que você é o pombo e outros em que você é a estátua.

2 * Mantenha sempre suas palavras leves e doces pois pode acontecer de você precisar engolir todas elas.

3 * Só leia coisas que faça você se sentir bem e ter a aparência boa de quem está bem.

4 * Dirija com cuidado. Não só os carros apresentam defeitos e têm recall do fabricante.


5 * Se não puder ser gentil, pelo menos tenha a decência de ser vago.

6 * Se você emprestar R$200,00 para alguém e nunca mais vir essa pessoa, provavelmente valeu a pena pagar esse preço para se livrar dela.

7 * Pode ser que o único propósito da sua vida seja servir de exemplo para os outros.

8 * Nunca compre um carro que você não possa manter.

9 * Quando você tenta pular obstáculos lembre que está com os dois pés no ar e sem nenhum apoio.

10 * Ninguém se importa se você consegue dançar bem. Para participar e se divertir no baile, levante e dance, pronto.

11 * Uma vez que a minhoca madrugadora é a que é devorada pelo pássaro, durma até mais tarde sempre que puder.

12 * Lembre que é o segundo rato que come o queijo - o primeiro fica preso na ratoeira. Saiba esperar.

13 * Lembre, também, que sempre tem queijo grátis nas ratoeiras.

14 * Quando tudo parece estar vindo na sua direção, provavelmente você está no lado errado da estrada.

15 * Aniversários são bons para você. Quanto mais você tem, mais tempo você vive.

16 * Alguns erros são divertidos demais para serem cometidos só uma vez.

17 * Podemos aprender muito com uma caixa de lápis de cor. Alguns têm pontas aguçadas, alguns têm formas bonitas e alguns são sem graça. Alguns têm nomes estranhos e todos são de cores diferentes, mas todos são lápis e precisam viver na mesma caixa.

18 * Não perca tempo odiando alguém, remoendo ofensas e pensando em vingança. Enquanto você faz isso a pessoa está vivendo bem feliz e você é quem se sente mal e tem o gosto amargo na boca.

19 * Quanto mais alta é a montanha mais difícil é a escalada. Poucos conseguem chegar ao topo, mas são eles que admiram a paisagem do alto e fazem as fotos que você admira dizendo "queria ter estado lá".

20 * Uma pessoa realmente feliz é aquela que segue devagar pela estrada da vida, desfrutando o cenário, parando nos pontos mais interessantes e descobrindo atalhos para lugares maravilhosos que poucos conhecem.

"Portanto, antes de voltarem para casa, depositem sua carga de trabalho/vida no chão.

Não carreguem para casa.

Vocês podem voltar a pegá-la amanhã.

Com tranquilidade."

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Próximo Bin Laden Será Pior. E Agora?


Da mesma forma que temos gênios do bem, o mundo gera gênios do mal.

Para cada 1.000 pessoas inteligentes haverá uma pessoa maluca, um "6 Sigma"*.

E entre cada 1.000 dessas haverá uma supermaluca ainda, gente a quem vou chamar de "7 Sigma".

Pessoas inteligentíssimas e competentes, mas que estão longe do padrão normal.

Na Idade Média, um desses malucos de mal com a vida e o mundo poderia sair matando uns vinte inocentes no mercado principal, até que os cavaleiros do rei lhe cortassem a cabeça.

Nos anos 80, um terrorista matava 200 com uma bomba numa estação de trem.
Hoje, graças ao avanço da tecnologia, um maluco pode sequestrar um avião e matar 2.000 pessoas.

Daqui a alguns anos, correremos o enorme risco de um "7 Sigma" modificar um vírus da gripe e misturá-lo com o vírus da Aids, e então veremos 80% da população mundial e brasileira ser dizimada.

Este é o novo problema que nos assola.

Teremos mais Bin Ladens, cada vez mais perigosos.

A luta contra esse terror não é exclusivamente americana, como muitos estão comodamente achando.

Um vírus aéreo da Aids lançado em Nova York em dois meses estaria sendo respirado em Brasília.

Como identificar um "7 Sigma" antes que ele faça um estrago grave é um problema sério que o mundo poderá enfrentar nos próximos cinquenta anos.

É um problema policial-sociológico-jurídico-político absolutamente novo e exigirá soluções muito impopulares.

Por exemplo, como identificar essa gente maluca com nossos valores de privacidade, sigilo e liberdade?

Como identificar os "7 Sigma", sem impor um Estado policial, numa cultura que abomina o "dedo-duro"?

Como prendê-los sem muitas provas de suas malucas futuras intenções?

Como condená-los à prisão se ainda não cometeram o monstruoso crime?

Depois do 11 de setembro, esse perigo ficou mais claro para o mundo, mas o governo americano mudou de enfoque e demarcou países como o Iraque e a Coréia como perigosos, e não os futuros "7 Sigma" espalhados por aí.

Em minha modesta opinião, isso é um erro. Saddam e seus filhos queriam poder e dinheiro.

Quem quer dinheiro e poder avalia seus limites.

Bin Laden e seus suicidas queriam vingança, e isso sim é um perigo assustador.

Vingança a qualquer preço, para si e para os outros, e quem está disposto ao suicídio já ultrapassou qualquer limite de razoabilidade.

Como também queria vingança o criador do vírus Sobig.F, que chegou a contaminar um em cada dezesseis e-mails, e preparava um enorme ataque ao site da Microsoft, destruindo e-mails de médicos a seus pacientes, pedidos de remédios e chats de apoio psicológico, entre outras coisas.

Um segundo erro da doutrina Bush é que ela quer implantar democracias liberais no resto do mundo como solução.

Mas democracias liberais são justamente aquelas que não acreditam em um Estado que controle a população, e sim numa população que controle um Estado.

Justamente o contrário do que precisamos para proteger a nação de um "7 Sigma".

Os Estados Unidos já implantaram redes neurais que supervisionam movimentos de pessoas, de cheques e sinais estranhos na população. Mas quem vai supervisionar o mundo?

Os americanos, a ONU, cada país por si ou a polícia montada canadense? É uma bela encrenca a ser resolvida.

No fundo, o que ocorre é que o mundo está avançando em termos de tecnologia muito mais rapidamente do que em termos de psicologia, sociologia e política.

Um único indivíduo instruído com um bom laboratório nos fins de semana tem acesso a tecnologia de destruição capaz de dizimar o mundo.

Talvez o risco dos "7 Sigma" não seja tão grande quanto estou supondo, e vão me criticar por alarmismo.

Eu também prefiro achar que não vai acontecer nada, mas e se der zebra e não estivermos preparados?

Vão dizer que o ser humano no fundo é bonzinho e não faria mal a ninguém.

Esquecem que todo dia hospitais, indústrias de remédios, médicos e dentistas perdem arquivos valiosos para nós pacientes por causa de 7.000 vírus eletrônicos que andam rodando por aí, plantados no sistema por alguém, sem alvo definido, sem medir consequências.

Eu sinceramente preferiria discutir um pouco mais essa questão em vez de ignorá-la como estamos fazendo.

* Sigma é uma medida estatística de desvio da normalidade. Quanto mais Sigma, mais anormal. Estima-se que existam mais de 650.000 pessoas "6 Sigma" no mundo e 1.650 pessoas "7 Sigma". O drama é que não se sabe quem são.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)

Artigo escrito em 2003, que infelizmente continua atual.

Revista Veja, Editora Abril, edição 1820, ano 36, nº 37 de 17 de setembro de 2003, página 22

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

PROCURA-SE


Procura-se alguém pra dividir as despesas, o aluguel, os lucros, os livros, os risos e as lágrimas...

Alguém de confiança e que goste de jogar conversa fora...

Alguém que me faça sentir à vontade, que permita que eu seja genuino, e me faça sentir importante...

Alguém que compreenda meu mau humor, anciedade e impaciência pelo menos 30 dias por mês...

Alguém que não fale alto comigo, mas quando falar, vou saber que é por que estamos longe um do outro...

Alguém que goste de dormir tarde...
Alguém que curta apraia...
Alguém que aprecie a natureza...
Alguém que pratique esporte, pedalar de preferência...
Alguém com idade igual ou inferior a 28 anos...
E que seja Adventista do Sétimo Dia.

Escrutito por Kelly Angelo, em 21/04/2009.
Minha irmã mais nova, eu adaptei algumas coisas...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Líderes e Empresas dos Sonhos

Pesquisa revela quais são os líderes e as empresas mais lembradas pelos jovens brasileiros. (clique na imagem para ampliar).
Foi divulgada recentemente a 9ª edição da pesquisa Empresa dos Sonhos dos Jovens, realizada com mais de 35 mil universitários e recém formados do Brasil, que revelou o ranking com as marcas e os líderes mais admirados pelos jovens.

O estudo realizado pelo Grupo DMRH (consultoria na área de seleção e desenvolvimento de jovens) em parceria com a TNS Research International (instituto global de pesquisa de mercado), foi gerado a partir de pergunta aberta, na qual, os entrevistados apontaram espontaneamente as empresas e os lideres que mais apreciam.

Na preferência entre os líderes mais admirados pelos jovens brasileiros, o nome mais citado foi do empresário Roberto Justus, CEO do Grupo Newcomm. O executivo ganhou uma posição em comparação à pesquisa realizada em 2009.
Na segunda posição apareceu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguido do presidente Lula (terceiro lugar). Completando a lista dos cinco líderes mais lembrados estão o presidente executivo da Apple, Steve Jobs e o empresário brasileiro Eike Batista
Achei curioso que Bill Gates ficou na mesma colocação que a Microsoft empresa da qual é dono, e Sílvio Santos ao lado da Globo, sua concorrente.
Extraído do Portal Administradores.com (clique e veja).